Para a viabilização e concretização da PNSPI, é necessário, pois, conhecer e compreender como vem acontecendo o envelhecimento populacional brasileiro, bem como agir em parceria com o idoso, de modo a ir além do dispositivo legal, ir para a ação crítica e construtiva. Importante ressaltar também que o acompanhamento psicológico é necessário em todos os momentos da vida, utilizando como medida de prevenção, a fim de acompanhar e evitar o desenvolvimento de alguma dessas moléstias psicológicas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde , estima-se que até 2050 o número de idosos no Brasil supere 60 milhões, sendo equivalente a 30% da população, colocando o Brasil como um dos cinco países com a maior população de idosos no mundo. Tais sinais incluem confusão, raiva, hostilidade, odor etílico na respiração, diminuição do equilíbrio e da marcha, tremores, neuropatia periférica e deficiência nutricional.
Dessa forma, para assegurar as diretrizes estabelecidas, o artigo 15, parágrafo 1º, determina que a manutenção da saúde dos idosos deve se dar por meio das unidades geriátricas, com pessoal especializado em geriatria e gerontologia social. Além de reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia para a redução de sequelas. Sendo assim, especificamente no que se refere aos direitos dos idosos, o Estatuto do Idoso determina que o Estado deve assegurar a atenção integral à saúde da população idosa por meio do Sistema Único de Saúde . A geriatria diz respeito à especialidade médica responsável pelo cuidado de saúde das pessoas idosas e pelos aspectos clínicos relacionados ao envelhecimento.
Em 2003 foi instituído o Estatuto do Idoso, por meio da Lei n.º 10.741, que traz a obrigação do Estado de garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, por meio da efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável, em condições de dignidade. É a especialidade médica que se integra na área da Gerontologia com o instrumental específico para atender aos objetivos da promoção da saúde, da prevenção e do tratamento das doenças, da reabilitação funcional e dos cuidados paliativos. O objetivo geral desses modelos é fornecer uma melhor qualidade de atendimento e tratamento, mantendo os idosos fora de hospitais e casas de saúde especializadas e promovendo o envelhecimento com o paciente na comunidade. No geral, são conhecidos como serviços domiciliares e comunitários; incluem os serviços de saúde domiciliares tradicionais, mas foram expandidos de modo a incluir outros modelos, alguns dos quais foram iniciados como projetos- piloto. Os pacientes que recebem alta para ir para casa precisam de instruções detalhadas sobre os cuidados de acompanhamento e os membros da família ou outros cuidadores podem precisar de treinamento para prestar esses cuidados. Existe a probabilidade de resultados adversos e de nova hospitalização, caso os pacientes e familiares não sejam ensinados a administrar os fármacos, implementar o tratamento e monitorar a recuperação.
Assim, o que se denomina de promoção de saúde sai do pequeno contexto da organização de saúde e migra para as comunidades, escolas e múltiplos ambientes, tendo como campo de atuação o desenvolvimento de habilidades pessoais, como uma forma de reforço comunitário. O ganho de poder é o aumento do poder individual e coletivo de pessoas e grupos sociais nas relações interpessoais e institucionais, principalmente daqueles submetidos a relações de opressão e dominação social. Dessa forma, o ganho de poder terá como finalidade primordial auxiliar pessoas e comunidades a tornarem-se mais independentes, gerando autoconfiança e senso de governabilidade.
Prevenção de lesões de pressão
São pessoas atuantes na comunidade, em grupos de convivência, associações, universidades da terceira idade, conselhos de saúde e outros modos de inserção e participação, forçando a sociedade a rever essa relação até então de anomia. Algumas inquietações acerca das atuais políticas dirigidas ao idoso nos levam a indagar quais são as reais necessidades dos idosos, que critérios são utilizados para defini-las e como satisfazê-las adequadamente. De que modo os profissionais da saúde estão se preparando/capacitando para cuidar dos idosos, e, principalmente, se tem sido oportunizado Covid-19 aos idosos desenvolver autonomia e independência. Contudo, para atenção adequada ao idoso, juntamente com a magnitude e a severidade dos seus problemas funcionais, é imperativo o desenvolvimento de políticas sociais e de saúde factíveis e condizentes com as reais necessidades das pessoas nessa fase da vida. No Brasil, o desafio para o século XXI é oferecer suporte de qualidade de vida para uma população com mais de 32 milhões de idosos, na sua maioria de nível socioeconômico e educacional baixo e com alta prevalência de doenças crônicas e incapacitantes.
Infecção urinária de repetição
Podemos dizer que o primeiro passo é adotar e manter hábitos saudáveis desde criança, se possível. É o profissional que pode nos orientar sobre prevenção, diagnóstico e tratamento quando necessário. A incontinência urinária é mais frequente no sexo feminino e, embora não leve a uma diminuição da expectativa de vida, a doença compromete o relacionamento dos idosos, resultando em isolamento social e alterações de humor.
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Ele também fornece cuidados paliativos aos pacientes portadores de doenças sem possibilidade de cura. Em geral, os leitos devem ser posicionados no nível mais baixo, com proteção em ambos os lados para pacientes em risco de queda. As grades do leito devem ser removidas ou mantidas abaixadas, a menos que os pacientes estejam em risco de rolar para fora do leito. As melhores alternativas para o uso de restrições físicas ou químicas são identificar, analisar com cuidado e modificar ou corrigir fatores de risco de quedas (incluindo agitação e uso de fármacos sedativos) e observar cuidadosamente os pacientes em risco.
Daí o grande desafio da equipe de saúde passa a ser o cuidado com a pessoa idosa, vislumbrando a especificidade e a multidimensionalidade do ser que envelhece e do processo de envelhecimento humano. Para garantir a autonomia e independência do ser envelhecente, é imprescindível o preparo/capacitação dos profissionais da saúde, uma vez que estes estão envolvidos diretamente no cuidado. Tal capacitação implica despertar no profissional da saúde o reconhecimento do idoso cidadão. Ou seja, um profissional conhecedor da realidade social e de saúde desse estrato populacional, das tecnologias existentes, dos recursos disponíveis e dos dispositivos legais como instrumentos factíveis para o desenvolvimento de ações de saúde. O profissional deve estar preparado para reconhecer no idoso a potencialidade para o autocuidado, a necessidade de interdependência para o cuidado e a importância de preservar a autonomia.
É preciso solicitar ao paciente idoso que descreva um dia típico para se obter informações sobre a qualidade de vida, assim como sobre as funções mentais e físicas. Os médicos também devem perguntar se os pacientes têm preocupações específicas, como medo de cair. O resultado desses dados pode auxiliar o médico a se comunicar melhor com os pacientes e com os membros da família. A saúde dos indivíduos e sua aludida promoção aparentam ter íntima relação com o exercício de poder, que implica na liberdade de escolhas pessoais com respeito às mais diferentes questões, muitas delas carregadas de dilemas éticos.