Comparação Semiótica Entre O Cinema E A Literatura

Comparação Semiótica Entre O Cinema E A Literatura

O que constitui ao mesmo tempo a especificidade, a dificuldade e a excitação do cinema é que essas operações mentais, sem as quais não há criação, jamais são simples escolhas abstratas ou intelectuais que poderiam ser validadas. Essas escolhas são obrigatoriamente negociadas com a dura realidade, através de tentativas, retornos, remorsos, até que se considere ter atingido um equilíbrio que não traia demais a ideia ou a vontade inicial, ainda quando somos afastados dela por força das circunstâncias. Os produtos são entregues na embalagem original retrabalhada, com possíveis alterações, ou em embalagens neutras lacradas. Recuse o recebimento de qualquer encomenda que tenha indícios de violação na embalagem.

Porém os mesmos mecanismos dialógicos básicos operam dentro da chamada cultura popular. Um bom exemplo é o fenômeno do hip-hop nos Estados Unidos, que inter-relaciona os universos culturais do rap, do grafite e da dança break. Nesses dois exemplos, tanto de Godard como do hip-hop, situa-se a essência da ideia de dialogismo como algo que é centrado na performance e na interação, demonstrando a necessidade da troca entre as várias linguagens, e não seus respectivos aprisionamentos. O tempo que se leva para ler um livro é determinado por seu leitor, geralmente maior do que o tempo que se leva para assistir ao filme, até o número de páginas é diferente do tempo de duração de um filme.

A produção de afetos é gerada espontaneamente ao se assistir a alguns filmes e acontece o que se poderia denominar experiência estética. A própria palavra estética, que deriva do grego, significa sensação. Logo, são possíveis, em nós, diversas sensações que se despertam diante de algumas cenas ao longo de um filme.

A organização das imagens produzem um sentido, que será diferente para cada um. Para construir a narrativa são utilizados elementos básicos, como planos, sequências e cortes. É essa capacidade – a facilidade de reunir e de relacionar fragmentos – que faz o DVD uma ferramenta preciosa por possibilitar inovações pedagógicas. Uma pedagogia que faça apelo ao imaginário e à inteligência do utilizador, seja aluno ou professor. Não há nenhum motivo para que a velocidade do digital não seja utilizada, pois ela põe em relação, cria conhecimento.

Quais os tipos de linguagem cinematográfica?

O plano que informa o espectador sobre quem é o “dono dos olhos” chama-se de DETERMINANTE . Assim, o dialogismo opera dentro de qualquer produção cultural, letrada ou analfabeta, verbal ou não verbal, elitista ou popular. Os filmes de um cineasta como Godard só fazem ampliar essa noção do artista como orquestrador das mensagens lançadas por todas as séries – literárias, pictóricas, musicais, cinematográficas, publicitárias etc.

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A palavra translinguística poderia equivaler à semiologia de Saussure (a ciência dos signos e dos sistemas de signos), não fosse pelo fato de que é precisamente a visão de linguagem de Saussure que Bakhtin contesta. Embora concorde com Saussure em que deveria ser criada uma disciplina que estudasse a “vida dos signos na sociedade”, Bakhtin diverge dele em sua concepção da natureza dos signos e de seu papel na sociedade. É importante notar que essas três operações mentais envolvem sempre uma escolha, uma tomada de decisão.

Cinema Novo E Modernismo Brasileiro

No seu primeiro filme, o importante é evitar erros patológicos demais. Os outros você pode assumir como seu “estilo pessoal de filmar” (mesmo que isso seja uma grande enrolação). O resto vem depois e você pode aprender à medida que faz mais filmes. É dessa natureza híbrida e transcultural da linguagem proposta por Bakhtin que se vai ao encontro dos outros dois conceitos que citei para pensar o cinema , pois ambos estão inseridos no próprio conceito de dialogismo. Segundo Stam , é uma teoria do papel dos signos na vida e no pensamento humanos, e da natureza do enunciado na linguagem.

Rotação da câmera em torno de seu eixo horizontal ou vertical . Enquadra e destaca partes do corpo (um olho, uma mão) ou objetos . Abrange uma vasta e distante porção de espaço, como uma paisagem.

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É evidente que o cinema é uma linguagem, mas é uma linguagem artística; logo, deve-se ultrapassar essa ideia de que ela é um sistema pronto e acabado. Embora a influência de Bakhtin tenha-se feito sentir amplamente em estudos culturais, em disciplinas que vão da crítica literária à antropologia empresas de sorocaba e à linguística, essa influência precisa ainda revelar sua fecundidade potencial na área de estudos do cinema. A produção audiovisual, como todas as formas de arte, conta com conceitos básicos de linguagem que estruturam a comunicação e exploram a percepção do espectador.